lembrança de uma criança

falei de como meu papai se comportou em uma ,Igreja  alcoolizado, no capitulo anterior.

pois os dias se passaram e nada melhorava, muito pelo contrario, meu pai continuava no vicio da bebida, e minha mãe, já não aquentava mais meu pai, e pra  variar ela estava gravida, então eu comecei a ir pra escola sozinha, com apenas 8 anos,  certo dia que estava na escola chegou uma senhora com sua filha, eu achei ela um pouco estranha, e falei com a menina que sua mãe parecia doida, quando a aula terminou essa senhora veio buscar a filha, e de longe vi elas me olhando, e foi se aproximando, quando essa senhora me pegou pelo braço, e brigou comigo, então ela disse corre porque vou te bater. eu corri e ela começou a jogar pedras é ,algumas chegou a acertar-me me machucou, cheguei em casa sem meus matérias porque deixei a pasta cair ao correr, chorava muito assustada, e contei pra minha mãe o que tinha acontecido, e falei que não ia mais a escola, mais minha mãe me falou que eu iria sim pra escola , e sozinha, eu fui com medo e vi a mulher me olhando com um maldoso  olhar, entramos pra sala de aula, eu não conseguia fazer nada, só pensando o que seria de min na saída da escola, a menina olhava pra min e sorria, eu continuava com medo da mãe dela, mas  quando o sinal tocou meu coração disparou mais ainda, sai misturando entre as outras crianças pra esconder daquela mulher, foi quando minha mãe chegou, e me pegou e disse, filha quem foi que te mandou pedras, eu apontei pra senhora que tinha me mandado aquela pedras, foi quando minha mãe chegou perto dela e disse, e você, a  covarde que bate em crianças, pois bem agora  você vai ver, minha mãe tirou algo da cintura e foi na mulher ela fez igualzinho eu no dia anterior saiu correndo, e minha mãe jogando pedras, naquela Mulher eu não sabia quem era mais doida das duas, muito tempo depois  descobrimos que aquele senhora tinha problemas mentais, chegando em casa minha mãe me disse, esta vendo  de hoje em diante não deixe que lhe batam  , porque se você apanhar novamente, serei eu que te baterei em você deve aprender a cuidar de você, nunca esqueci  essas palavras, mais de certa forma não entendia, ate hoje não consigo entender como podem dizer estas coisas a uma menina de 8 aninhos O que minha mãe me disse,  pode acreditar que foi a coisa mais errada que aprendi naquele momento.

até o proxímo post.

Mais Recordações

Recordações.

Como disse no post anterior, após o falecimento da minha Avó meu Pai não se conformava.

Foi onde achou que a bebida poderia aliviar sua dor, meu querido pai começou a beber, fumar ele já fumava, e agora consumia álcool, chegava em  casa completamente embriagado, eu olhava os meu paizinho querido bêbado, e tinha medo. Chegou um certo dia que ele chegava em casa de taxi, o motorista era sempre a policia, quando papai bebia ele sempre dava uma de valente, quebrava o bar, e  brigava na rua, como estava com efeito do álcool, os policias não o prendia, acabava o lavando pra casa, e lá soltava ele no chão, eu via aquela cena e tinha muito medo, lembro que minha mãe mandava esconder tudo que podia  machucar hoje sei que era arma branca, eu e meus irmãos corriam  chorando e sempre, acabávamos pulando o muro da vizinha, e perguntávamos se podia ficar com ela um pouco até papai melhorar.

Muitas vezes mamãe nós chamávamos e tinha que voltar naquela hora, papai vinha mal ficando em pê, e queria nós abraçar, eu corria e os outros iam correndo atrás, o abraço que antes era tão desejado, se tornou cada vez mais distante, e no lugar do carinho ficou ´0 medo.

Sei que um dia minha mãe foi em uma Igreja, e nós levou com ela, sei que quem falava la na frente gritava muito, eu naquele dia não ficava quieta, queria era poder sair dali, havia muito gritos, e pessoas caindo, eu não entendia, o que acontecia, so queria poder ir pra casa,  teve uma hora que olhei pra trás, e vi meu pai entrar na Igreja bêbado, eu falei  “mamãe olha”, mais ela me disse fique quieta ou te dou um beliscão, eu calei na hora mais papai chegou perto, e disse, Rita vamos embora agora, anda logo, ela tentou dizer não, foi ai que  o pastor chegou perto, e falou algo, que meu pai não gostou, nossa, foi um tumulto pessoas correndo, pra fora, outras gritando, me pai fez uma bagunça, então eu entendi porque era a policia que sempre dava carona pro meu pai ate em casa.

Fomos embora e nunca mas voltamos a igreja.

Contarei mais no próximo post.

Recordações

Venho de uma família humilde, meu pai padeiro e minha mãe dona de casa. Minha casa era simples, nada de luxo.

Quando tinha apenas sete anos de idade, meu pai trabalhava à noite em uma padaria e chegava de manhã, sempre com sua sacolinha de pães levando uns separados recheados com doce de leite pois era o nosso pão predileto . Ele gostava de levar meu irmão mais velho para o trabalho e queria que ele desse continuidade a sua profissão. Sei que meu pai trabalhou anos nesta padaria. Sempre ficávamos no portão esperando papai chegar em casa. Ele era muito nervoso mas ao mesmo tempo carinhoso. Porem um dia sua mãe veio a falecer e pela 1ª vez eu o vi chorar. Ele entrou no banheiro e eu me sentei na porta e pude ouvir os soluços do outro lado, mesmo tão pequena sabia que ele sofria. Então papai começou a cantar uma musica que se chama “Coração de luto”, e assim nunca mais eu esqueci essa triste canção. No velório eu brincava de correr pela casa, pois não tinha muita ideia do que acontecia ao meu redor. Quando vi minhas primas, queria brincar, e já tarde da noite cansada adormeci.

Os dias se passaram, mas a tristeza do meu papai não tinha fim. Quando chegava em casa ele já não brincava mais com seus filhos, não tinha mais aquele sorriso, e sim um olhar frio e triste.

E acabou passando esta tristeza. Para todos meu Pai de repente mudou, já não chegava mais cedo em casa, já não nos dava mais atenção, e em pouco tempo nossas vidas já não era mais como antes.

Muitas vezes eu corria pra sentar no seu colo e passava as mãozinhas em sua barba, e sempre dizia “Papai sua barba está me aranhando!”. Mas ele já não me pegava nos braços, e muito menos me levantava sorrindo como fazia antes.

Mesmo sendo tão criança queria fazer meu papai sorrir de novo, não foi facíl mais sei hoje que eu consegui.

Como? Contarei no próximo post!

Informações sobre o tipico do blog

Olá! Sou Eliane, quero falar um pouco sobre esse blog que postarei

 Bem, sempre quis poder falar um pouco sobre sentimentos, mas muitas vezes me faltou coragem. São sentimentos da infância, sentimentos da adolêcencia, sentimentos de hoje da fase adulta, sentimentos de pessoa que superou o medo, a dúvida, o preconceito; que superou coisas inacreditáveis, de pessoas que não queriam mais viver por vergonha, por sentimentos obcuros, mas que superaram e consequiram trasformar todo esse sentimento reprimido em forças para superar os desafios e fazer desses sentimentos sua própria lição de vida.  Muitos podem ser Doutores, Domésticas, Ricos ou Pobres, todos tem sentimentos, tem alma, tem coração.  Cada história que postarei, me identifico um pouco com cada uma delas, como se eu estivesse passado por todos esses momentos, e sei que  várias pessoas se identificaram, com algumas dessas histórias, mas procurem fazer delas uma lição de vida, tire algo bom disso, mas encontre forças para superar todos os obstáculos que a vida nos impõe.

Beijos

E até mais em Uma lição de vida!

Eliane Moreira